Sempre gostei de música. Sempre gostei de prestar atenção nas letras e depois ficar filosofando sobre todas as possibilidades de significados, referências, construção das frases, das idéias. Claro que cada uma no seu estilo. Cada uma tem sua graça... seja no tom crítico, no humor, nas ambigüidades... Eu gosto de música e, sobretudo, eu gosto de letras de música.
Hoje ouvi essa do Lenine e fiquei pensando...
"Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não pára
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso, faço hora, vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo pra perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
Será que é tempo que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo pra perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára."
É engraçado, né?
Eu tenho essa sensação de estar presa no tempo. Na verdade, de ser escrava do tempo, sabe? Presa às coisas que eu tenho que fazer e que, apesar de gostar delas, não são tudo o que eu quero... Falta. Falta fazer rapel, falta, conhecer a Inglaterra, terra do rei Arthur, falta ver as pirâmides, conhecer os segredos da NASA e do Vaticano, ver um disco voador... Queria ser uma pessoa cheia de histórias pra contar, porque pra isso eu teria que viver muito, e muito intensamente.
Eu acho a letra dessa música muito louca, porque a gente quer um monte de coisas que todo mundo quer também. A gente quer tempo, mas todo mundo também quer... E o engraçado é que ela faz a gente ficar pequenininho. Quando ele fala que "a gente espera do mundo e o mundo espera de nós um pouco mais de paciência" eu sinto como sou pequena, porque imagina a pressão que é ter o mundo inteiro esperando alguma coisa de você! Pior: o mundo inteiro (que é enorme) espera alguma coisa que ninguém no mundo tem hoje, mas você é obrigado a ter.
E ele fala também que nos falta tempo pra perceber e pergunta, ironicamente, se a gente tem esse tempo pra perder. Perder tempo em nos conhecer melhor, conhecer o mundo, perceber as coisas que acontecem, as pessoas, crescer com isso... Isso, definitivamente, não é perder tempo, mas o mundo acha que sim, e não podemos mais desapontar o mundo. Ele mesmo fala isso. Depois de perguntar se a gente tem esse tempo pra perder ele fala "e quem quer saber? A vida não pára".
Eu queria saber. Eu quero saber. Por isso tenho que correr, tentar acompanhar o tempo, o mundo, a vida que não pára.
31.5.05
11.5.05
Internetês
Olha só! Depois de milhaaaares de anos... Eu queria saber por som nesse negócio. Aí eu ia cantar, com toda minha voz grave, um Cauby (acho que é ele): "Eeeeuuu volteeeei!"
Bom, eu estava dando uma olhada numa comunidade do orkut da qual eu faço parte e um dos tópicos era sobre um problema que alguns tradutores de filmes estão começando a enfrentar nesses tempos cibernéticos: o internetês.
É isso mesmo! Por incrível que pareça, tem um pessoal defendendo a bandeira dos textos escritos naquela linguagem esdrúxula de internet. Ah, gente. "Pera" lá, né? Sabe, acho que temos mesmo que modernizar a língua, "oxigenar" as coisas, como uma das meninas dando opinião naquele tópico colocou, pois a mensagem tem que ser entendida e a linguagem coloquial, a oralidade muitas vezes são bem-vindas para isso. Mas vejam bem o que eu disse. A MENSAGEM TEM QUE SER ENTENDIDA. Falando sério. Vocês entenderiam um texto corrido, inteirinho, só escrito assim? Não dá, né? Sem contar, como também foi muito bem lembrado no tópico, a galerinha em fase de alfabetização. Pessoal, a gente escreve o que a gente lê!
Acho que não tem nada demais adequar a linguagem ao público. Não vejo problema em escrever "isso tá legal" para m público jovem, moderno. Mas essa linguagem usada hoje nas salas de bate-papo e nos msn da vida virtual é quase um dialeto. Ninguém merece, né?
Bom, eu estava dando uma olhada numa comunidade do orkut da qual eu faço parte e um dos tópicos era sobre um problema que alguns tradutores de filmes estão começando a enfrentar nesses tempos cibernéticos: o internetês.
É isso mesmo! Por incrível que pareça, tem um pessoal defendendo a bandeira dos textos escritos naquela linguagem esdrúxula de internet. Ah, gente. "Pera" lá, né? Sabe, acho que temos mesmo que modernizar a língua, "oxigenar" as coisas, como uma das meninas dando opinião naquele tópico colocou, pois a mensagem tem que ser entendida e a linguagem coloquial, a oralidade muitas vezes são bem-vindas para isso. Mas vejam bem o que eu disse. A MENSAGEM TEM QUE SER ENTENDIDA. Falando sério. Vocês entenderiam um texto corrido, inteirinho, só escrito assim? Não dá, né? Sem contar, como também foi muito bem lembrado no tópico, a galerinha em fase de alfabetização. Pessoal, a gente escreve o que a gente lê!
Acho que não tem nada demais adequar a linguagem ao público. Não vejo problema em escrever "isso tá legal" para m público jovem, moderno. Mas essa linguagem usada hoje nas salas de bate-papo e nos msn da vida virtual é quase um dialeto. Ninguém merece, né?
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