29.11.05

Uma imagem vale mais que mil palavras? Desenha isso, então.

24.11.05

Mudando de Vida

Mudando de Vida

De repente dá aquele frio na barriga. E agora? Que que eu faço?
O emprego é novo, a casa é nova, a cidade é outra. A cara é a mesma, mas os caminhos ainda são estranhos ainda, os desenhos nas calçadas são diferentes e o trânsito é infernal. Minhas roupas agora têm marcas de dobras e o par de tênis é importante até descobrir o caminho certo. Agora eu ando a pé! A comida tem um sabor diferente mas o travesseiro ainda é o mesmo. O trabalho continua, mas o cliente é novo e o cara no computador do lado é outro. O meu computador é que é outro, o cara já estava ali.
Talvez eu continue gostando de suco, talvez eu passe a tomar café. Talvez eu me lambuze com congelados e salgados, talvez eu sinta falta de um bom arroz com feijão. Talvez eu deixe de ter algumas manias, talvez eu adote alguns vícios. Talvez eu passe a falar sozinho, talvez eu leia mais. Talvez eu veja que o silêncio na hora do noticiário lá em casa não era tão silencioso assim. Talvez eu deixe de levar algumas broncas porque o pouco tempo faz com que não valha a pena. Mas acho que me acostumo.
Acho, na verdade, que vou até gostar. Acho que vou achar graça nos mimos maternais e na espera paternal. Acho que vou começar a pensar em muitas coisas novas para mim. Acho que agora eu aprendo e economizar. Acho que também vou aprender a cozinhar. Acho que vou entrar na academia e tocar mais violão. Acho que vou voltar todo final de semana. Acho que não vou parar em casa. Acho que estou crescendo. Tenho certeza que estou começando a minha vida!

Este texto é para o Kiko, que está mudando de vida.
Kiko, boa sorte. Amo você. Sempre!

22.11.05

Não falamos a mesma língua

Não falamos a mesma língua

"Se os homens soubessem o poder que têm, as mulheres cairiam aos seus pés." "Se os homens soubessem o poder que têm as mulheres, cairiam aos seus pés." Percebeu a diferença? Pra uns ela é clara. Pra outros, um pouco sutil. Mas tem aqueles que não conseguem enxergar de jeito nenhum. Como é difícil, meu Deus do céu (!), para algumas pessoas, simplesmente ler uma frase e entender seu conteúdo. E pessoas alfabetizadas! Até com "nível superior completo"! Tá certo que o português não é a língua mais fácil do mundo, que é cheio de regrinhas, que também é cheio de exceções. Mas, pelo menos nós aqui, não falamos português desde que nascemos? Falamos , ouvimos, lemos... Não precisamos escrever um português machadiano, mas deveríamos, no mínimo, ter um pouco de pudor na língua que fala, nas mãos que escrevem e no cérebro que decodifica as mensagens que recebe, certo? Claro que não estou me referindo às pessoas que não puderam freqüentar escola, que não tiveram ou não têm a orientação necessária. Estou falando é das pessoas que não fazem questão, daquelas que descobrem uma palavra nova e querem usá-la sem nem ao menos conhecer seu significado ou seu emprego, daquelas pessoas que pensam "mas você não entendeu o que está escrito, o que estou querendo dizer?". Daquelas pessoas que, quando escrevem alguma coisa errada, diante da revelação de seu erro, perguntam "mas está muuuuito errado?". Ora, por favor! Sim, devemos levar em consideração para quem a mensagem é destinada, o que realmente queremos que a pessoa leia, a flexibilidade que as gírias, a oralidade e os meios de hoje nos dão. Por exemplo, há algum tempo, vi um outdoor de celular na rua que anunciava que agora as pessoas podiam mandar mensagem de celular para celular, e o texto do outdoor era alguma coisa parecida com : "mande msg p/ quem vc quiser". Não lembro exatamente a frase, mas o fato é que o público para quem o anúncio se destinava estava acostumado com este tipo de escrita. Mais que isso, é desse jeito que mandamos as mensagens de celular, já que escrever letra por letra no teclado do celular demora demais e o visor do telefone é pequeno, além de, na maioria dos casos, mandarmos mensagens de celular apenas para pessoas próximas, com as quais podemos nos valer desse recurso. Nesse sentido, o outdoor era muito bem sacado. Mas com algumas coisas não dá pra ter flexibilidade. Temos que saber quando podemos usar as gírias, a oralidade e os meios de hoje. Um texto tem que ter uma ordem lógica. Sempre. A pontuação é fundamental para mantermos essa lógica. A concordância também! Talvez o problema esteja exatamente em estarmos habituados à língua. Talvez o problema seja o ouvir português desde que nascemos. O português com todos os vícios. Talvez devêssemos ter ouvido seletivo. Então o problema seria biológico. Que procurar o certo, que nada! Deus devia ter feito a gente com um dispositivo especial que capta as coisas erradas, não só no português que falamos e ouvimos. Um dispositivo que filtrasse as coisas que acontecem à nossa volta e que fosse utilizado também quando precisássemos fazer alguma coisa, escrever ou tomar alguma decisão, filtrando as possibilidades que dariam errado. Se bem que... pensando bem... será que não é esse dispositivo que costumamos chamar de bom senso?

17.11.05

Quem eu sou?

Quem eu sou?
Eu sou muito mais que a Marcela.
Eu sou a possibilidade de realização de tudo que ainda não foi feito pelos meus mais velhos.
Eu sou o barro a ser moldado de acordo com o que a decoração da casa pede.
Eu sou um livro em branco, pronto para ser preenchido pelas experiências de quem tem história para contar.
Eu sou um carro, não, sou só uma bicicleta mesmo, indo pra onde viram meu guidão.
Eu sou uma embalagem de qualquer coisa, pronta para receber um rótulo e me valer do que vier especificado nele.
Eu sou um girassol que não pode olhar para a lua simplesmente porque foi feito para olhar para o sol.
Eu sou o cavalo cujo horizonte é um torrão de açúcar.
Eu sou a água, que toma a forma do seu continente.
Eu sou a maçã que não tem outra opção a não ser cair nas graças da lei da gravidade.
Eu sou a Terra que segue fazendo o mesmo caminho em torno do Sol há nem sei quanto tempo.
Eu sou o relógio que, não importa o que aconteça, deve sempre manter o mesmo curso, no mesmo ritmo.
Eu sou poeira, que não pode andar contra o vento.
Eu sou Deus, sempre bom, paciente, calmo e perfeito, exatamente como todo mundo quer.

14.11.05

Novo Dois Cantos

Novo Dois Cantos

Apaguei o Dois Cantos. Não, não foi de propósito. Nem foi um momento de raiva contra os sistemas internéticos de nossas vidas numa versão menos devastadoras de Um dia de Fúria. Nem uma tentativa de romper com o mundo virtual, destruindo uma relação de anos. Também não foi um suicídio cibernético e, não, eu e o Kiko não brigamos. Isso, nem pensar! A culpa de tudo foi da minha estupidez mesmo ao tentar mexer num mundo desconhecido, neste universo paralelo de códigos que passou a comandar, se não toda, boa parte de nossas vidas. Não que eu seja a favor de trocarmos o real pelo virtual, mas a verdade é que hoje é quase impossível encontrar alguém que não use internet. E eu confesso: sou quase uma viciada! Em coisas boas e também em coisas ruins da internet. É por isso que o Dois Cantos agora é 2 Cantos. Porque, claro, eu não consegui arrumar tudo certinho, bonitinho como era antes, nem consegui salvar os arquivos que estavam lá. Mas... Mas, como pessoa previdente que sou, tenho os textos salvos no meu computador. Por isso, para matar a saudade e deixar registrado aqui para a posteridade, cada vez que eu publicar um texto aqui, colocarei junto um texto do blog antigo.
Sejam todos bem-vindos ao Novo Dois Cantos!

3.11.05

Nunca escrevo aqui sobre as coisas que efetivamente faço durante meus dias. Escrevo mais sobre o que sinto, embora isso esteja intimamente ligado às coisas que faço, às coisas que acontecem comigo. Mas hoje vou escrever sobre uma coisa que fiz, que aconteceu comigo, que também tem muito a ver com o que eu sinto. Como eu já falei aqui, gosto muito de Pearl Jam. Quando o show da banda foi confirmado aqui no Brasil eu comemorei aqui no 2C com duas letras de música que eu gosto muito (não sei se cheguei a explicar o porquê de eu gostar tanto daquelas duas músicas, mas não vão faltar oportunidades para isso, eu tenho certeza). Agora eu tenho mais um motivo para comemorar: meu ingresso! Sim! Sexta-feira, dia 30 de outubro, sabendo que a procura estava realmente grande e que talvez os ingressos de estudante acabassem (eu não compro mais ingresso de estudante, mas o Kiko está no último ano de faculdade e tem este privilégio), eu falei com o Kiko e nós e mais 2 amigos que vão para o show conosco fomos garantir nossos ingressos. Portanto, dia 2 de dezembro, sexta-feira, estarei na pista do Pacaembu assistindo ao show da minha vida.